Petrobras gastará 140% mais com importação de combustível até 2020

Seis anos após as primeiras extrações das reservas gigantes do pré-sal e quase 8 anos após a anunciada mas já perdida autossuficiência na produção de petróleo, a Petrobras tem sido vista com desconfiança pelo mercado, por conta da produção estagnada, das importações am alta e das dívidas bilionárias – e que tendem a continuar crescendo.

Desde o fim de 2010, logo após a megacapitalização de R$ 120 bilhões, o endividamento da gigante brasileira de petróleo praticamente quadruplicou, com um aumento médio de mais de R$ 40 bilhões por ano. A produção de óleo e gás, por sua vez, caiu 2,5% em 2013, para 1,93 milhão de barris por dia em 2013. Foi a segunda queda anual consecutiva e o menor resultado desde 2008.

No terceiro trimestre do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 3,395 bilhões, uma queda de 45% em relação ao trimestre anterior. Já as dívidas chegaram a R$ 193 bilhões, o que fez com que agências de risco reduzissem a nota da empresa, que passou também a receber da Bloomberg o título de “petroleira de capital aberto mais endividada do mundo”. O resultado consolidado de 2013 será divulgado pela Petrobras nesta terça-feira (25).

Outro lado da conta das perdas, segundo analistas, é a falta de reajustes maiores nos preços dos combustíveis e a interferência do governo, que não abre mão de ter a Petrobras como arma contra a inflação. O CBIE estima que a companhia deixou de ganhar cerca de R$ 47 bilhões nos últimos 3 anos em função da defasagem dos preços da gasolina e do diesel vendidos pela no Brasil em relação aos valores internacionais.

A expectativa é que a produção volte a crescer neste ano, com a entrada em operação de projetos atrasados e de plataformas previstas no cronograma de 2014.

A Petrobras informou por meio da sua assessoria de imprensa que pode ser aprovado e divulgado nesta terça-feira pelo Conselho de Administração o novo plano estratégico da empresa, referente ao período 2014-2018, onde serão detalhadas as novas metas e o plano de investimentos para os próximos 5 anos.

A expectativa é que o documento também traga a previsão de crescimento da produção para 2014.

Embora o pré-sal aponte para um futuro promissor, permanece a dúvida se a empresa terá condições de chegar a expectativa de 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e atingir 4,2 milhões de barris em 2020.

“A produção vai crescer. Só não dá para saber se será nessa proporção que a empresa projeta. Se em 2014 o crescimento for de 7%, isso significa que estaremos voltando para patamares de 2010. A única certeza é que a importação não vai parar de crescer”, diz Pires.

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