União da Ilha quer mostrar na Sapucaí que infância é coisa séria

Não é porque a União da Ilha do Governador vai levar para a Passarela do Samba uma série de brinquedos e brincadeiras que o assunto não é sério. Ao contrário. É com o tema, que busca resgatar as alegrias e emoções de criança, que o carnavalesco Alex de Souza quer propor uma reflexão sobre a infância, uma das fases mais importantes da formação do ser humano.

Com o enredo “É brinquedo, é brincadeira – A Ilha vai levantar poeira”, a União da Ilha promete agitar a Sapucaí com alegria, emoção, simpatia e comunicação fácil com público. A escola será a segunda a desfilar no Sambódromo do Rio, na segunda-feira (3 de março), pelo Grupo Especial.
“Vamos convidar o público a voltar a ser criança. Queremos que as pessoas revivam a infância e se identifiquem com os brinquedos e personagens do enredo. E que enquanto matam a saudade da infância, pensem que brinquedos e brincadeiras podem despertar vocações, mas também podem manipular as crianças. Que nem todas as crianças têm o direito de brincar e que infância é uma só. Ou seja, tem de ser valorizada e respeitada”, explica Alex.
Muito colorida, a União da Ilha vai relembrar os tempos de criança com antigos e tradicionais brinquedos como soldadinhos de chumbo e bonecas de pano. Vai destacar os brinquedos pedagógicos que despertam vocações, vai mostrar os jogos de tabuleiro que levam à socialização e os games eletrônicos que levam à introspecção.
Com 3.800 componentes espalhados por 32 alas e sete alegorias, Alex vai abrir o baú da memória infantil e retirar lembranças e a história da evolução dos brinquedos desde o século XVI até os dias de hoje, sejam eles nacionais e estrangeiros, tecnológicos e tradicionais, industrializados e feitos por artesãos anônimos, como as bonecas de trapo e os mamulengos. As brincadeiras também estarão presentes no desfile, onde haverá ciranda, peteca, pipa e pião.
No setor que vai falar dos jogos de competição, uma alegoria vai representar uma imensa mesa de totó. Em ano de Copa do Mundo, o carnavalesco diz que não poderia deixar de mencionar o jogo, o esporte que é a paixão nacional: o futebol.
Alex também vai destacar os brinquedos dos contos de fada como Pinóquio e Emília e o Visconde de Sabugosa. E não vai deixar de lado nem mesmo os aterrorizantes, como os personagens dos contos dos irmãos e Grimm e a personagem do filme “Chuck, o boneco assassino”. E aí, ele lembra uma historinha.
“Numa visita de alunos do ensino fundamental ao barracão, quando comecei a falar do enredo e disse que um dos carros tinha o Chuck, as crianças ficaram enlouquecidas. Não queriam saber de mais nada, queriam tirar fotos com a escultura. Os brinquedos e personagens exercem um fascínio muito grande sobre as pessoas”, lembra o carnavalesco.
Alex não revela as fantasias da bateria, que vai ser regida pela primeira vez pelo mestre Thiago Diogo. Muito menos da rainha de bateria, Bruna Bruno, que neste carnaval celebra dez anos de reinado à frente dos ritmistas da União da Ilha. Só deixa escapar que eles vão representar super-heróis infantis.
“Vai ser um carnaval colorido, emocionante, que encanta o componente e o público. Com esse espírito jovial que União da Ilha tem, mas com uma mensagem, que chama à reflexão”, diz Alex, para quem o carnaval da escola não é brinquedo, não.

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