Governo não contém revolta na base e tem 2º dia de derrotas na Câmara


Sem conseguir conter as insatisfações na base aliada, o Palácio do Planalto viveu nesta quarta-feira (12) um segundo dia de derrotas na Câmara com a aprovação de convites e convocações para que 10 ministros do governo Dilma Rousseff prestem esclarecimentos em diversas comissões da Casa. Além disso, o PSC anunciou sua “independência” do governo federal em votações de projetos.

Nesta terça (11), contrariando o governo, o plenário da Câmara já havia aprovado a criação de uma comissão externa para investigar denúncias de propina na Petrobras. A manobra da base aliada para demonstrar força em relação ao Planalto continuou nesta quarta.


Com presença em peso nas comissões temáticas, parlamentares da oposição e de partidos da base aliada que integram o “blocão” derrotaram o PT e conseguiram aprovar a convocação de quatro ministros, além de convite a outros seis e à presidente da Petrobras, Graça Foster.

Só na Comissão de Fiscalização e Controle, onde o embate entre petistas e integrantes do “blocão” foi mais duro, foram convocados os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Manoel Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). Como se trata de convocação, eles serão obrigados a comparecer.

Já a dirigente da Petrobras e os ministros Aldo Rebelo (Esporte), Arthur Chioro (Saúde), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Francisco Teixeira (Integração Nacional) e Moreira Franco (Aviação Civil) foram convidados a dar explicações ao Legislativo e não têm obrigação legal de comparecer. 

O prazo regimental para eles irem à Câmara é de até 30 dias. Além do PT, apenas PP e PDT se opuseram às convocações e convites.Diante das derrotas sucessivas, o líder do governo  na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o Planalto está mobilizando reuniões com lideranças partidárias numa tentativa de reduzir a “tensão” com a base. Ele também responsabilizou a reforma ministerial pelo agravamento da crise.
“Não há o que comemorar nessa situação, mas também não há motivo para arrancar os cabelos. Estamos fazendo reuniões com os partidos, com lideranças de legendas. Como isso [crise com a base aliada] acontece em meio a uma reforma ministerial, tem um condimento a mais", afirmou.
A insatisfação tem vários motivos: não cumprimento de acordos quanto à liberação de recursos de emendas parlamentares, demora em concluir a reforma ministerial, exclusão das decisões políticas e de lançamentos de programas do governo federal. Para estancar a crise, a presidente resolveu acelerar a troca de ministros e concluir as substituições até sexta.

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