Barcelona e Atlético de Madri seguem sina de empates


O Barcelona ainda não aprendeu a ganhar do Atlético de Madri. E o Atlético mostrou que já sabe parar o Barcelona, mas também não descobriu como derrotá-lo. O resultado foi mais um empate entre as duas equipes, o quarto na temporada: 1 a 1, no Camp Nou, pelas quartas de final da Champions League, em um jogo que teve de tudo um pouco. 

Teve dia inspirado de dois "Meninos da Vila": um golaço de Diego - o Ribas, não o Costa, que saiu lesionado, e Neymar mudando de posição, empatando o duelo e botando fogo no jogo; teve Iniesta novamente brilhante e criando jogadas de perigo no ataque. Teve a tensão que o duelo mais frequente da temporada vem apresentando a cada encontro entre as duas equipes.

Só não teve, mais uma vez, um vencedor. Na próxima quarta-feira, quando os dois times se reencontrarem, em Madri, só poderá restar um, mesmo com novo empate. O Atlético joga pelo 0 a 0; o Barcelona precisa vencer ou empatar por mais de dois gols. Vitória simples garante a vaga a quem alcançá-la.

O jogo

A grande dúvida antes da partida era sobre a presença de Diego Costa. Depois de deixar o treino da véspera mais cedo, ele foi avaliado pelos médicos do Atlético de Madri e acabou confirmado na equipe. No Barcelona, Tata Martino repetiu a formação ofensiva dos duelos contra Manchester City e Real Madrid - Iniesta, Fábregas e Xavi no meio-campo; Neymar e Messi no ataque.

O duelo começou tenso como os outros três encontros entre as duas equipes na temporada. O Atlético pressionava a saída de bola, à espera de uma falha do rival; o Barcelona tentava controlar o meio-campo, e conseguia, mas sem levar perigo real ao gol de Courtois.

A defesa, ponto fraco do Barcelona, mostrava-se vulnerável, sobretudo para sair jogando. O goleiro José Pinto, substituto do lesionado Valdés, precisou recorrer a chutões com frequência. Em um deles, logo aos 4 minutos, criou boa chance para que Villa abrisse o placar - o chute do atacante foi para fora.

Mesmo longe estar 100% fisicamente, Diego Costa foi a alma do ataque do Atlético enquanto esteve em campo. Mas durou pouco. Aos 26 minutos, o brasileiro levou a mão ao músculo posterior da coxa esquerda. Aos 29, ele foi substituído por Diego Ribas.

No Barcelona, Messi e Neymar não conseguiam se aproximar. O brasileiro, jogando pela direita, pouco fez: as tabelas com Daniel Alves não funcionaram bem no primeiro tempo, e a melhor chance foi em uma cabeçada, após cruzamento de Xavi. Courtois não teve dificuldades para defender.

Aos 44 minutos, Neymar poderia ter puxado um contra-ataque de um contra um, mas precisou usar a mão para ajeitar a bola, e o lance foi interrompido pelo árbitro alemão Felix Birch. Aos 38, o juiz já havia mandado seguir um lance em que o brasileiro tentou cavar pênalti enrolando-se com Godín na área.

O segundo tempo começou com um ritmo parecido ao do primeiro. O Barcelona tocava a bola, buscando encontrar uma falha defensiva do rival para abrir o placar; o Atlético procurava um contra-ataque ou uma conclusão de fora da área. Aos 10 minutos, o time colchonero conseguiu o que queria - e com um golaço. Diego recebeu pela direita e arriscou. A bola entrou no ângulo, sem chances para o goleiro. O Camp Nou se calou entre a tristeza pelo gol e o assombro com o lance do brasileiro.

Um silêncio que parou aos 17 minutos, quando Busquets arriscou de primeira, de fora da área, mas parou nas mãos de Courtois. Um silêncio que virou vaia quando David Villa - ex-jogador do clube catalão - deixou o campo para dar lugar a Sosa.

E um silêncio que se transformou em explosão aos 26 minutos quando, depois de um passe magistral de Iniesta, Neymar avançou pela esquerda e bateu firme para empatar o duelo. Era a faísca de que o Barcelona precisava para incendiar a partida nos 20 minutos finais.

Foi isso que o clube catalão fez. Aos 28 minutos, Iniesta chutou de fora da área. Courtois, comprovando a ótima fase, esticou-se para fazer uma defesa complicada e jogar a bola para escanteio. O Barcelona era, mais do que nunca, dono do jogo.

E Neymar, jogando pela esquerda - Alexis Sanchez, que substituiu Fábregas, foi para a direita - parecia outro jogador. O camisa 11 arriscava mais, buscava o drible e avançava em diagonal, levando mais perigo à defesa do Atlético. Iniesta e Messi faziam o mesmo pelo meio; o espanhol era o maestro do time.

Mas não adiantou. Mesmo com a pressão nos minutos finais, o Barcelona não conseguiu superar a brava defesa do Atlético. Ainda não foi desta vez que o clube catalão venceu o rival. Restam oito dias para aprender a fazê-lo.

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