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Um município em diferentes tempos
históricos, retratados em 128 páginas, entre textos e imagens, no livro
“Relatos e Personagens na História de Macaé”. A obra foi lançada, na
noite desta terça-feira (8), no Solar dos Mellos – Museu da Cidade de
Macaé, que este ano comemora 10 anos de fundação. Durante o evento,
também foi inaugurada a exposição “Cesar Mello: entre trigo e letras”.
O
prefeito Dr. Aluízio, que assina o prefácio, destacou a importância de
resgatar o encantamento, orgulho e a paixão pela cidade. “Este livro é
um de resgate histórico. Macaé é história, é gente, é um município que
tem compromisso com o país. É uma história que precisa ser contada,
lembrada. São cenários que marcaram épocas dos macaenses e tudo isso
representa sentimentos, principalmente, carinho e respeito”,
acrescentou.
O livro, com
ilustrações do artista plástico Marcelo Vitiello, é uma realização da
Fundação Macaé de Cultura (FMC), por meio da Vice-Presidência de Acervo e
Patrimônio Histórico, em parceria com a secretaria Municipal de
Educação. “No ano em que comemoramos dez anos de fundação do Solar dos
Mellos, é o momento de celebrar nesta casa, um espaço público que vem ao
encontro do propósito do Cezar Mello. Este livro nos faz acreditar que a
educação patrimonial gera uma história coletiva”, ressaltou a
vice-presidente de Acervo e Patrimônio Histórico, Gisele Muniz.
Para o
presidente da FMC, Juliano Fonseca, o livro é uma oportunidade de
promover a educação patrimonial. “Patrimônio é um conjunto de bens
culturais que precisam ser vividos. E isso se constitui aqui no Solar
dos Mellos, um museu que vive experiências. Vamos distribuir o livro
para toda a rede de ensino municipal. Cada escola receberá um baú que
inclui esta obra e outra lançada no ano passado, Imagens do Século, além
de um CD com o Hino de Macaé”, disse Juliano.
A secretária
municipal de Educação, Lúcia Thomaz, afirmou que o livro “Relatos e
Personagens na História de Macaé” estabelece vínculos e relações com uma
história que será passada aos professores e alunos. “É uma experiência
de contato com o passado para entender o presente e poder sonhar o
futuro para os cidadãos macaenses”, frisou.
O lançamento
contou com a presença de representantes do Executivo e Legislativo. Além
disso, alunos da Escola Estadual Municipalizada Raul Veiga, e de
crônicas de Cezar Mello, com integrantes do curso técnico de Teatro da
Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart) que fizeram uma
apresentação musical.
Macaé Colônia, Imperial e Republicana
Fatos
da Macaé colônia abrem a obra, retratando o processo de ocupação,
povoamento, aldeamento dos índios Guarulhos, a constituição e os
desmembramentos das freguesias que, posteriormente, deram origem ao
município. A Macaé Imperial é contada na segunda parte com os relatos de
acontecimentos que marcam a passagem do território macaense, da
condição de freguesia à situação de vila e a sua elevação a cidade. Por
último, o livro fala sobre a Macaé republicana, trazendo para os
leitores uma apresentação geral da cidade e das transformações vividas
ao longo do século XX.
Trata-se de um
trabalho literário composto por fragmentos de documentos descritos à mão
e textos impressos de viajantes memorialistas de cada época, cronistas
dos séculos XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, que viram e sentiram a Macaé de
um passado remoto e recente. O desafio é disponibilizar para os leitores
uma obra que destaque vários traços da vida, da demografia, da
geografia, da economia e da cultura, em síntese, da sociedade macaense
em diferentes tempos históricos.
Cezar Mello: entre trigo e letras
A
exposição traz vestígios encontrados no Solar desde quando a casa dos
Mellos foi constituída como museu pela lei 2463/2004. São documentos que
evidenciam o lado empreendedor de um homem de negócios. Recibos e notas
fiscais representam o proprietário da Padaria Popular, conhecido pelos
contemporâneos não só pelos biscoitos, mas pelo seu lado humanizado.
Nascido em Macaé, no dia 23 de abril de 1876, foi comerciante,
jornalista, primeiro presidente da Colônia de Pescadores e patrono da
extinta Academia Macaense de Letras.
Foto: Flávio Sardou