Com dupla inspirada, Itália domina o Brasil na estreia da Liga Mundial


Murilo estava de volta, depois de uma temporada vendo a seleção somente pela TV. A roupa era nova. A casa estava cheia. Mas os visitantes não queriam muito papo. Mostraram desde o início que tinham topete e estavam dispostos a acabar com aquela festa. Com Jiri Kovar e Ivan Zaytsev voando - os dois foram responsáveis por 20 e 17 pontos, respectivamente -, a Itália impôs ao Brasil a derrota na estreia da Liga Mundial: 3 sets a 1, parciais de 25/19, 27/25, 22/25 e 25/21. 

Os maiores pontuadores brasileiros foram Leandro Vissotto, com 16 acertos, seguido de Lucarelli e Lucão que conseguiram 12 cada. Neste sábado, as equipes voltam a se enfrentar, às 10h10, novamente em Jaraguá do Sul. A TV Globo transmite e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. 

- A gente fez um primeiro set muito ruim, teve a ansiedade da estreia. Mas estamos aquém do que podemos chegar. Eles foram melhor no saque e nós erramos demais. Temos que trabalhar. Eles já estão classificados para a fase final (país sede) e vêm soltando o braço de qualquer jeito. Mas não adianta chorar. Temos jogo amanhã e muito trabalho para chegar na fase final - disse Bruninho. 

O jogo

Os italianos apostavam em Zaytsev - maior pontuador da edição passada -, e nos saques para fugir no placar (6/1). A boa passagem de Sidão pelo saque e a presença de Lucão na rede fizeram o Brasil se aproximar (7/5). A resposta veio. O bloqueio subiu de novo, a defesa retomou a concentração e as rédeas do jogo estavam outra vez com a Itália (11/6). Bruninho acionava mais Lucarelli. Apesar de uma sequência de três boas defesas, a seleção cometia mais erros do que os rivais e tinha dificuldade no passe (18/12). Bernardinho trocava as peças, colocava o levantador Rapha em quadra. Mas era Travica, acelerando as jogadas, que fazia a Itália garantir o primeiro set: 25/19. 

O sorriso foi dando lugar ao semblante fechado depois que Leandro Vissotto, então discreto, apareceu. Sem encontrar quem o parasse, o oposto fazia pontos em sequência. Foi o suficiente para despertar os companheiros e colocar o Brasil no comando (10/7). Não por muito tempo. Kovar e Zaytsev encaravam o bloqueio e tinham sucesso. Virada (17/16). Lucão não deixava os italianos se distanciar. Com dois saques, o central recolocava os donos da casa na frente (21/20). Só não contava com a falha no terceiro. O jogo seguia equilibrado (24/24). Até que um ace de Sidão colocou a seleção a um ponto de fechar a parcial. Gustavão, de 2,15m, deixou o banco para tentar fechar a porta para a Itália. Não funcionou. Um toque na rede e um ataque para fora custaram o set ao Brasil: 27/25. 

A situação era complicada, mas Bruninho e seus companheiros seguiam lutando. O problema é que o saque italiano continuava fazendo estragos (18/16). A seleção corria atrás do prejuízo. Lucarelli subia sozinho para frear Zaytsev (20/20). A inversão de rede, com a entrada de Rapha e Theo, deu certo. Depois foi a vez de o bloqueio duplo subir diante dos italianos duas vezes seguidas. Zaytsev também dava uma ajudinha, pisando na linha. E Lucão dava o set point para o Brasil (24/20). Duas falhas fizeram a torcida prender a respiração. Coube a Theo fazer a arena respirar aliviada: 25/22. 

O técnico Mauro Berrutto dava um puxão de orelhas em seus comandados. Sabia que os anfitriões voltariam para o jogo ainda mais motivados. Estava certo. As ações se equilibravam e o clima ficava mais quente na rede. As reclamações com a arbitragem também aumentavam. A Itália aproveitava para abrir 16/13. Na reta final, os erros seguidos ajudavam a seleção a cortar a diferença (20/19). A torcida pressionava. Mas as falhas no saque e no ataque fizeram Bernardinho balançar a cabeça e amargar a derrota na estreia: 25/21.

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