Danças Circulares: terapia que leva à socialização

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Com o objetivo de resgatar a alegria dos membros do Centro de
Atenção Psicossocial (CAPs) Betinho, possibilitando a eles movimentação
corporal, além de integração com a sociedade, o Caps e o Solar dos
Mellos fizeram uma parceria na qual serão realizadas, no pátio do Solar,
danças circulares, na sexta-feira (30), a partir das 14h.
Segundo a psicóloga do CAPs Betinho, Fabrice
Sanches, as danças circulares acontecem em roda. Visam a socialização
entre as pessoas, resgatando o senso coletivo. “São danças baseadas nas
tradições folclóricas de diversos países como Grécia, Israel, Chile,
México e Brasil”, explica, acrescentando que qualquer pessoa pode
dançar, pois os passos são simples.
Tudo isso está de acordo com os objetivos da Reforma
Psiquiátrica, que preconiza os recursos comunitários como base do
tratamento.
Também é nossa intenção promover
diálogo continuado com os diversos atores sociais acerca da loucura, no
intuito de minimizar o preconceito e promover o respeito à forma
singular de existência do portador de sofrimento psíquico grave, comenta
Fabrice.
Danças Circulares
As Danças
Circulares surgiram na década de 1960, quando Bernhard Wosien,
coreógrafo e bailarino clássico alemão, iniciou o estudo das danças
folclóricas e étnicas de diversos povos, buscando compreender sua
simbologia e imprimir um sentido às danças, que não fosse puramente
estético. Em 1976, Bernhard Wosien é convidado a apresentar a
metodologia das Danças Circulares na comunidade de Findhorn, na Escócia,
considerada o berço das danças circulares.
Essas formas de expressão, em sua maioria,
constituem-se de passos simples, permitindo a participação de todos,
independentemente de terem prévio conhecimento em dança. O principal
objetivo das Danças Circulares é resgatar o senso coletivo da dança,
pois de mãos dadas e em roda se vivencia o sentimento de integração.
No Caps Betinho, As Danças Circulares são realizadas semanalmente, desde 2010, no espaço da Oficina de Expressão Corporal.
Percebemos que as Danças Circulares despertam a alegria do grupo, além
de facilitar a movimentação corporal. Não há intenção de padronização
estética e sim da expressão livre do movimento, já que cada participante
encontra o seu jeito próprio de dançar. Entendemos este espaço como um
dispositivo terapêutico na medida em que desperta a motivação,
proporciona bem estar e possibilita a integração do grupo, completa a
psicóloga.
Foto: Divulgação