Ministra diz que reajuste no Bolsa Família não é 'eleitoral'


A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou nesta sexta-feira (9) que o reajuste de 10% nos benefícios do programa Bolsa Família anunciado pela presidente Dilma Rousseff não tem "viés eleitoral".Campello participou nesta manhã do programa "Bom Dia, Ministro".

A presidente Dilma havia feito o anúncio durante pronunciamento oficial pelo Dia do Trabalho em rede de rádio e televisão. O decreto foi publicado em 2 de maio no "Diário Oficial da União". Após o anúncio, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou o reajuste e afirmou que o percentual não atende a critérios da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a ministra, desde o lançamento do Brasil Sem Miséria, conjunto de ações sociais entre as quais o Bolsa Família, em junho de 2011, os benefícios do programa tiveram reajuste médio 40% superior à inflação.

"O Bolsa Família é um direito das famílias. O programa já tem 11 anos, foi criado em 2003 pelo ex-presidente Lula, e se tem algum programa que não tem viés eleitoral é o Bolsa Família. A presidente Dilma Rousseff vem dando reajuste em todos os anos e vem o pessoal dizer que o reajuste é por conta de eleição. Não, não é por conta de eleição", disse a ministra.

Tereza Campello afirmou também que o governo reajustou os benefícios do programa todos os anos, desde 2011, e que não se deve "prejudicar" a população em função de ser ano eleitoral. A ministra foi questionada sobre se o reajuste poderia ajudar nas eleições e afirmou que o anúncio da presidente Dilma está "dentro do trabalho normal".

"Estamos dentro do trabalho normal, regular. O que a gente não pode achar é que devemos prejudicar a população porque é ano eleitoral. Não vamos fazer isso", completou.

Emprego

Ao ser questionada por jornalistas sobre a crítica de que quem recebe os benefícios do programa não trabalha, Tereza Campello afirmou que 75% dos adultos que recebem o pagamento têm um emprego. A ministra disse ainda que o valor depositado para as famílias serve como complemento da renda.

“Temos que acabar com essa ideia. As pessoas dizem que metade das pessoas que ganham o Bolsa Família não trabalham. Tem mesmo, mas é a metade que tem menos de 18 anos e estão na escola. E a outra metade, que são os adultos, dos adultos que recebem o programa, 75% trabalham. As famílias que recebem o Bolsa Família trabalham tanto quanto quem não é do Bolsa Família”, disse.

“Para essas famílias, o programa é uma complementação. As pessoas acham que o Bolsa Família substitui o trabalho. Olha, o Bolsa Família transfere, em média, R$ 157 às famílias. (...) O Bolsa Família é uma pequena ajuda. São R$ 157. Alguém vai substituir a oportunidade de trabalhar para ganhar R$ 157? Ninguém vive com R$ 157. Esse dinheiro ajuda na alimentação, no material escolar”, completou.

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