Homem vai de Niterói ao Rio de stand up paddle e atrasa barca


Paulo Oberlander saiu de casa na Região Oceânica de Niterói, separado por 30 quilômetros de asfalto da capital fluminense, como se fosse um executivo a caminho do trabalho no Rio. De terno e gravata, no entanto, ele não encarou o longo trânsito da Ponte Rio-Niterói em um carro ou em um ônibus na manhã desta sexta-feira (28). Pegou a prancha de stand up paddle e remou por algumas horas até tentar atracar na Praça XV, onde foi impedido de saltar pela Capitania de Portos, e acabou gerando atraso de 12 minutos na circulação de uma barca que não conseguiu parar para o desembarque dos passageiros.

Professor do esporte, ele diz que tentou mostrar à população uma opção alternativa para a travessia. "Essa prancha é cara para caramba, quis mostrar o quanto é legal fazer stand up — não só fazer um passeio monótono na beirinha d'água. As pessoas precisam perceber que um dia podem fazer o mesmo que eu fiz, já que o trânsito está tão caótico. É uma opção para o futuro. Não quero me promover, nem me mostrar. Quando cheguei perto da barca, [os passageiros] me ovacionaram, pediram pra tirar foto".
Surpreso com a repercussão do passeio "despretensioso", ele afirma que quase levou o filho de 5 anos para a viagem alternativa, mas se sentiu aliviado por ter desistido da ideia. Abordado por agentes públicos, sofreu a ameaça de ter a prancha apreendida por um guarda municipal e pediu desculpas a quem se atrasou.
"Não saí de casa para parar barca, para protestar, nem para atrasar o trabalho de ninguém. Um amigo meu até falou que chegou atrasado por minha causa. Que da próxima vez vai me pedir uma carona na prancha. Doze minutos [de atraso] não mata ninguém", finalizou.
Nota da Capitania dos Portos
A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) esclarece que, na manhã do dia 28 de março, três pessoas estavam praticando stand-up paddle nas proximidades do terminal das Barcas, na Praça XV, colocando em risco suas vidas e a segurança da navegação. Uma equipe de Inspeção Naval da CPRJ foi enviada ao local, orientou as três pessoas a se afastarem das barcas, e acompanhou o seu regresso para a região de onde partiram - Piratininga - Niterói.

Fonte: G1
Foto: Daniel Fadel - Comunicação CCR Barcas

Notícias Relacionadas

geral 2623185983022218249

Postar um comentário

emo-but-icon

Baixe nosso Aplicativo


+ Lidas

Comentários

Siga-nos no Twitter

Facebook

Publicidade

PUBLICIDADE

item