Sérgio Cabral renuncia ao governo do RJ nesta quinta para tentar Senado

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Antes de terminar seu segundo mandato como governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) renunciou ao cargo nesta quinta-feira (3) para concorrer a uma vaga de senador nas próximas eleições. O vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), assumirá como novo governador do Estado a partir desta sexta-feira (3).
Para abdicar do cargo, Cabral enviou uma carta de renúncia ao presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), Paulo Melo, que leu o documento na tarde desta quinta. Pela linha sucessória, o próprio Melo assumirá a posição de vice-governador de Pezão até 31 de dezembro de 2014.
Cabral deixa o governo com a popularidade baixa. De acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha em dezembro, 38% dos cidadãos fluminenses consideraram a gestão Cabral ruim ou péssima, 39% classificaram como regular e 20% como bom/ótimo – 3% não souberam ou quiseram responder. Foi a pior avaliação do mandato dele em sete anos.
A rejeição ao ex-governador aumentou depois que ele virou um dos principais alvos dos protestos de rua no Rio em 2013. Manifestantes chegaram a acampar perto da casa dele por várias semanas, exigindo a saída imediata. Naquela época, Cabral foi flagrado pela revista Veja usando o helicóptero oficial para levar a família e o cachorro para uma casa de praia na costa verde do Estado.
Entre as realizações de Cabral, a que mais ganhou apoio da população foi a política de pacificação das comunidades. A primeira favela a ganhar uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foi a de Santa Marta, na zona sul, em dezembro de 2008. De lá para cá foram instaladas outras 36 unidades, abrangendo 257 territórios, com 1,5 milhão de moradores.
Em 2014 teve início uma onda de ataques de criminosos às UPPs, que, segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, foi orquestrada por chefes de facções criminosas presos em cadeias federais. Como resposta e como último ato de seu governo, Cabral convocou apoio das Forças Armadas, que, a partir deste sábado (5), ocuparão o Complexo da Maré com 2.500 homens.
As informações são do site R7.