Delegacias registram apenas parte das ocorrências na Região dos Lagos

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Apesar de todo o efetivo estar trabalhando, apenas parte das ocorrências está sendo registrada nesta quarta-feira (21) nas delegacias da Região dos Lagos do Rio. O ritmo mais lento é por causa do movimento de greve dos policiais civis em todo o país. Nas delegacias da região, apenas ocorrências graves e prisões em flagrante estão sendo registradas. Nos casos mais leves os policiais estão pedindo que as pessoas voltem no dia seguinte.
Os policiais civis querem que seja incorporada ao salário uma gratificação de R$ 850, entre outras reivindicações. Segundo o sindicato da categoria, um acordo com o governo do Estado havia sido firmado em dezembro do ano passado, mas eles dizem que o acordo não foi cumprido. Nesta quarta às 19h30 está marcada uma reunião no Rio de Janeiro para discutir o andamento das negociações.
A greve
Os sindicatos dos policiais civis de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe decidiram aderir a uma paralisação de 24 horas na quarta-feira (21). O ato é organizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e visa um nivelamento do salário dos policiais em todo o país e de melhores condições de segurança e infraestrutura para a categoria.
A Cobrapol disse, em nota divulgada na segunda-feira (19), que os policiais civis dos estados do Amazonas, Espírito Santo e Tocantins também participariam da paralisação. Entretanto, o sindicato do Amazonas informou ao G1 que não irá aderir à paralisação. Já no Espírito Santo, ainda será realizada assembleia para decidir se a categoria adere ou não ao ato convocado pela Cobrapol. Em Tocantins, não haverá paralisação local. Minas Gerais , São Paulo e Sergipe, que não estavam citados na nota da Cobrapol, também terão paralisação.
Rio de Janeiro
De acordo com o presidente do sindicato dos policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Bandeira, todos os setores do órgão vão aderir à greve, respeitando o mínimo de 30% em serviço, como previsto na lei. Em um nova assembleia na quarta-feira, a categoria vai decidir se a paralisação se estenderá. A incorporação das gratificações de serviço, o aumento no valor do tíquete-refeição e do vale transporte são as principais reivindicações do Sinpol.
O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse que policiais não podem fazer greve e que o governo está preparado para garantir a segurança da população. O governador Luiz Fernando Pezão afirmou que os policiais do estado já receberam um aumento acima da inflação.